CURITIBA

26 de outubro de 2009

Faz tempo que penso em escrever sobre cidades com tradição em aventura. Tive essa idéia e, principalmente, a vontade de conhecer os lugares com maior tradição e compromisso com aventura no mundo, depois de visitar pela primeira vez Puerto Natales, no Chile. Porta de entrada para o Parque Nacional Torres del Paine, no verão a cidadezinha respira aventura. Para todo lado que se olha lá está um mochileiro, alguém levemente “tostado de sol”, botas petrificadas de lama ancestral, roupas sujas de trilhas sem fim, aquelo olhar vivo e faminto dos aventureiros em ação… Puerto Natales, El Chaltén, Huaraz, Chamonix, Katmandu, Moab… E a lista vai longe!

Guardadas as devidas (des)proporções, Curitiba é uma cidade com tradição de aventura. É claro que muito diferente de Puerto Natales – que é minúscula e no verão é literalmente invadida por mochileiros, dobrando sua população. Mas Curitiba tem alguns dados e números interessantes:

  • montanhas e parques estaduais a 30 minutos de distância do centro, acessíveis de transporte público – ônibus urbano e trem;
  • mais lojas de aventura que São Paulo, que tem população sete vezes maior que Curitiba e um PIB 99,84 vezes maior na comparação direta;
  • quatro vezes mais ciclovias (em km) que São Paulo.

Não tenho dúvidas que na capital paranaense há com certeza muito mais torcedor do Coxa (Coritiba Futebol Clube) do que Marumbinistas (adeptos do montanhismo nas montanhas do Marumbi), mas no confronto direto com a capital paulista, os curitibanos são bem mais aventureiros.

Cheguei em Curitiba perto da meia-noite de uma segunda-feira, de avião, já agendado para começar o trabalho de mapeamento de uma trilha em trekking no dia seguinte às 7 da manhã. O voo foi sem imprevistos e com pouco atraso. O costumeiro kit de bolachas da Gol, comida de criança, ficou quase intacto. Só não resisti ao waffle de chocolate. Um taxi me levou até a casa da tia de minha mulher, onde fiquei hospedado enquanto não dormia em barraca.

Na manhã seguinte encontrei o “Feijoada”, guia local marumbinista desde 1977 e membro ativo do Clube Paranaense de Montanhismo (CPM). Com 54 anos seu histórico esportivo é invejável: Campeão do Marumbi Trophy 86 (um embrião de corrida de aventura muito antes da modalidade ser cogitada), bi-campeão brasileiro de luta greco-romana, mister Paraná (fisioculturismo) e campeão estadual em levantamento de peso, logo vi que teria trabalho para acompanhar o cara, mesmo com 8 anos a menos e uns 25 centímetros a mais de altura.

Começamos fazendo o Caminho do Itupava, a primeira trilha de ligação entre Curitiba e o litoral, ziguezagueando pela Serra do Mar por um calçamento de pedras irregulares extraídas de fundo de rios. Lembra um pouco a Calçada do Lorena, que liga São Bernardo do Campo a Cubatão.

Trilha longa e cansativa, apesar de tecnicamente bem fácil. As tais pedras irregulares são arredondadas, roliças, pontudas, côncavas, convexas, enfim, todo tipo de pedra que ninguém usaria para calçar um caminho por onde passam burros, cavalos, jumentos e seres humanos! Cada passo é uma aventura, um risco. De escorregão em escorregão, de tropeço em tropeço, uma topada atrás da outra, alguns quase-entorces e dois ou três tombos-bestas a gente até consegue apreciar a paisagem de bromélias, xaxins, orquídeas e muito, muito verde.

O destino final para o dia foi a estação Marumbi da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá. Pernoitamos na cabana de madeira (tábuas) do Clube Paranaense de Montanhismo (CPM). Como a casa estava fechada havia alguns dias e choveu muito nesse inverno na região, o cheiro de mofo ao abrirmos a porta dava para cortar com facão! Meu alvéolos pulmorares engasgaram e gritaram por socorro! Nem adiantou deixar a porta aberta.

Mas a cabana tinha banho quente e luz elétrica, colchões (também mofados) à disposição e uma cozinha completa, inclusive uma geladeira decorada de ferrugem. Parece que estou fazendo pouco caso? Nada disso! Depois de um dia longo e cansativo esses luxos, mesmo que aparentemente “defeituosos” são impagáveis e mais que bem-vindos. Limpo e cheiroso, de barriga cheia, dormi como uma criança. Só acordei umas três vezes com a passagem de algum trem pela estação, a 150 metros de distância.

Essas cabanas são parte de um antigo loteamento do período antes do estabelecimento do Parque Estadual Pico do Marumbi, em 1990. Não se pode mais construir no local. Quem tem uma casinhas dessas da serra é o montanhista Waldemar Niclevicz – que inclusive já havia me convidado algumas vezes para pousar na cabana dele no Marumbi.

Às 5 da manhã já estávamos de pé para o café da manhã – granola, leite em pó, mel em bisnaguinas, café liofilizado, açúcar e chocolate, não necessariamente nessa ordem. Às 6 já estávamos vestidos, com as mochilas de ataque prontas e só esperando o dia clarear um pouco para começarmos a caminhada. Faltou água na cabana, por alguma razão misteriosa, então fui obrigado a deixar um “presentinho” no vaso sanitário para quem chegasse na nossa ausência… Confesso que parti da casa incomodado com isso. Se estivesse acampando, minha inseparável pazinha de latrina (Sea to Summit I-Pood) não me deixaria assim “exposto”.

Subimos a “trilha branca”, sinalizada com fitas brancas de plástico e setas de metal também brancas, fixas em rochas em lugares estratégicos. Essa trilha leva ao cume do Pico Olimpo, 1.539 metros de altitude e o maior do complexo do Marumbi. Até começar a pesquisar esse trekking para o Guia de Trilhas TREKKING (Vol. 2) eu não sabia que não existia um “pico Marumbi” e sim diversos picos que formam uma serra chamada Pico Marumbi. Uma confusão bastante comum e lógica.

Não demorou muito e logo percebi que tratava-se de um trekking técnico, com diversos lances de escalaminhada em Via Ferrata (quando a rocha é equipada com grampos de metal, escadas de ferro, correntes e demais apetrechos que auxiliam a vencer obstáculos verticais no percurso). Essas vias são muito comuns na Europa. Em São Paulo nós temos a Pedra do Baú equipada assim. É relativamente seguro e divertido, mas o certo é escalar uma Via Ferrata usando cadeirinha e mosquetões especiais, maiores, presos a fitas tubulares longas, uma de cada lado do corpo. Durante a ascenção o escalador prende um mosquetão, avança um pouco, prendo outro mosquetão, solta o primeiro, e assim por diante, mantendo sempre pelo menos um mosquetão preso à Via Ferrata. Já subi o Baú algumas vezes e nunca usei essa segurança. Nunca vi ninguém usar isso no Brasil também.

Uso uma pochete presa às alças da mochila, no peito, por dois mosquetões, onde deixo minha máquina fotográfica (protegida por uma caixa estanque), material de anotação, bússola analógica, pilhas e baterias sobressalentes, uma pequena luneta e meu GPS. Esse equipamento todo é utilizado constatemente, por isso deixo bem à mão. Acontece que essa tralha toda impede que eu enxergue meus pés quando caminho e isso piora muito em uma Via Ferrata. Para subir é mais fácil, mas para descer eu preciso tatear com os pés para saber onde está o grampo ou a agarra (ponto de apoio) na rocha onde preciso pousar um dos pés. Escorregões são comuns, só que pendurado na rocha a descarga de adrenalina faz jorrar uma enxurrada de palavrões… Cada passo era um impropério. Eu mesmo me surpreendia com minha criatividade insultante.

O dia estava encoberto e a vista do Pico Olimpo comprometida. De volta à trilha, do Pico Gigante vimos apenas a pedra onde estávamos pisando e do Pico Ponta do Tigre uma nuvem espessa indicava onde deveria haver um abismo profundo. Tenho certeza que o abismo estava lá, não duvidei um segundo sequer, mas dava vontade de saltar no colchão fofo de nuvens brancas para ter certeza…

Terminei o dia cansado, sentindo o acúmulo da viagem de avião e tudo mais. O roteiro estava mapeado e eu satisfeito com o trabalho, agora era voltar para a cabana, arrumar as mochilas e pegar o trem de Morretes que para na estação Marumbi rumo a Curitiba. Feijoado tomou banho e vestiu roupa limpa. Eu só troquei a camiseta suada e encardida.

O trem obviamente não chegou na hora marcada. Estamos no Paraná, não na Suíça ou na Inglaterra. O preço da passagem me pareceu salgado (R$ 20), mas a viagem foi um doce. A Serra do Mar nesse trecho é pontuada de rios gordos e translúcidos, ruínas de casas antigas no meio da mata, cachoeiras vertiginosas e a floresta impenetrável. Impenetrável uma ova! A gente tinha atravessado ela no dia anterior, para agora voltar no conforto de um vagão de passageiros… Sempre dá um certo orgulho quando nos damos conta do tanto que vencemos com a força do nosso próprio corpo para chegar a um destino. Especialmente quando os demais turistas não suaram um gota para chegar atá ali.

Ao entrarmos na zona urbana de Curitiba o atendente do vagão pediu que fechássemos as janelas (de acrílico grosso) porque a população de uma favela local sempre apedrejava o trem. Alguns passageiros já haviam sido feridos, contou o atendente. Não demorou nada e ouvimos as primeiras pedras. Parece ser a diversão da criançada local, apedrejar o trem. Gente à minha volta protestou em voz alta, indiganados, sugerindo que a polícia devia estar mais presente, fazer uma ação repressiva, etc. A situação realmente incomoda, não tem dúvida, mas lembrei que quando criança eu gostava de apedrejar janelas de casas abandonadas ou em demolição no bairro de Higienópolis, onde eu morava e estudava. Lembrei que minha mãe conta que ela colocava uma enorme pedra nos trilhos do bonde, em frente à sua casa. Acho que crianças são assm mesmo e não é caso de polícia e sim de mais opções de diversão e uma boa conversa.

No dia seguinte fiquei em Curitiba. Aproveitei para conhecer a cidade. Ao invés de descansar do trekking do Marumbi e me preparar fisicamente para a subida ao Pico Paraná, próximo mapeamento para o Guia de Trilhas TREKKING (Vol. 2), caminhei uns 10 km pela cidade. Minha intenção era também visitar algumas das várias lojas, que inclusive já vendem meus livros, para oferecer espaço de publicidade na próxima publicação. Mas não posso ver um sebo, uma livraria de livros usados, que me dá coceira. Entro e olho tudo.

Devo ter visitado de cinco a sete sebos e sai carregado…

  • Manual de Nós, do Gordon Perry, Editora Lisma de Portugal, bem encadernado e novo;
  • Rio Araguaia Corpo e Alma, do Durval Rosa Borges, com um mapa no final mostrando os trajetos de cinco grandes (as maiores e verdadeiras) expedições brasileiras (Antonio Raposo Tavares, José Vieira Couto de Magalhães, Cândido Mariano da Silva Rondon, a Coluna Prestes e a Expedição Roncador-Xingú, sendo que essa última estou lendo a narrativa dos irmãos Villas-Boas) da EDUSP e em perfeito estado; Notas de Viagem ao Rio Negro, de José Candido de M. Carvalho, da Editora GRD, em perfeito estado e por R$ 3,00;
  • Expedição Pico da Neblina, do Eduardo Augusto, exemplar da coleção Diário de Bordo, da Editora FTD (essa mesma editora publicou No Teto das Américas, um livrinho muito especial sobre uma escalada ao Aconcágua em 85/86 por um grupo de paulistas, entre eles dois bons amigos meus: o casal Paulo e Helena Coelho);
  • Viagem de um Naturalista Inglês ao Rio de Janeiro e Minas Gerais (1833-1835), do Charles James Fox Bunburry, da Livraria Itatiaia Editora, uma coleção fantásticas de relatos históricos que sempre que posso compro algum exemplar;
  • Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi – Plano de Gerenciamento, uma revista repleta de mapas (não posso ver mapa que dá comichão…) publicada pelo Instituto de Terras, Cartografia e Florestas, em bom estado e por apenas R$ 5;
  • On Assignment USA, um livro maravilhoso de fotos da National Geographic, com imagens de tirar o fôlego de diversas expedições da NG pelos Estados Unidos e que dão combustível à imaginação, em excelente estado por R$ 35 (um livro que em sebos paulistanos seria vendido facilmente por R$ 100);
  • e depos, em uma loja de aventura, comprei o livro do Chiquinho, José Luiz Hartmann, Marumbi – Guia de Escaladas e Introdução à História do Montanhismo Paranaense, muito bom, eu havia visto esse livro na sede do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) na sede do Parque Estadual Pico do Marumbi… Genial!

Carregado feito um burro, visitei ainda algumas lojas e fechei alguns contratos de publicidade. Parei em um café no centro, dentro de uma galeria, com sinal de Wi-Fi, vi meus e-mails, escrevi alguma coisa, tomei um capuccino e comi uma bolachina deliciosa e tradicional curitibana: Benedito’s.

Dia seguite, dia de trabalho, dia de trekking. Encontrei o Feijoada em frente ao prédio da tia da minha mulher, onde eu havia dormido. Fomos de carro pela BR-116 até a Fazenda Pico Paraná, porta de entrada para o Parque Estadual Pico Paraná. Cerca de 80 km do centro de Curitiba, acesso fácil e rápido. O Pico Paraná é a maior montanha da Região Sul do Brasil, com apenas 1.877 m. A proposta era subir o pico, acampar próximo do cume e descer no dia seguinte.

A Fazenda tem estacionamento, área de camping, uma lagoa artificial, cachoeira e é administrada há 12 anos pelo Dilson. Ele faz o papel do Estado no local. A fazenda é propriedade particular e não é a única entrada para as trilhas que levam ao cume da montanha, mas guarda o melhor acesso. Custa R$ 10 para entrar na fazenda. O acesso ao parque é gratuito, afinal como o Estado vai cobrar qualquer coisa se não está presente?

O Dilson cuida da trilha, limpa, repara, denuncia irregularidades, aciona a Polícia Florestal se alguém “desaparece”, mantem a fazenda limpa e arrumada, cuida dos carros estacionados, enfim, trabalha para manter seu negócio funcionando da melhor forma possível. O problema, que causa polêmica, é que a entrada para a trilha do Parque Estadual Pico Paraná acontece através de uma propriedade particular. Por um lado, o ingresso cobrado vale cada centavo, em função dos serviços oferecidos. Se fosse mais caro, continuaria sendo “barato”, mas isso é muito relativo e totalmente subjetivo. Por outro lado, o Parque Estadual deixa de certa forma de ser gratuito.

Como toda boa polêmica, não existe solução fácil. Mas existem paradigmas imbutidos na questão que oferecem uma boa visão da nossa mentalidade enquanto sociedade… “Gratuidade” parece ser uma palavra de ordem no Brasil. Nós adoramos tudo o que é grátis. Mas, aos poucos, acho que vamos aprendendo que nem tudo o que é de graça é bom. Um exemplo é o pedagiamento das estradas. Sou de uma época (nasci em 1962) em que não havia pedágio e as estradas eram verdadeiras roletas russas. Hoje transito com segurança (e gastando os tubos) por rodovias bem sinalizadas, bem conservadas, com sistemas eficientes de resgate e socorro, ambulâncias UTI, helicópteros e até guincho gratuito. Grátis! De graça! Coisa que na minha infância e adolescência soariam como ficção.

Particularmente acho que todos os parques nacionais e estaduais brasileiros deveriam cobrar taxas de entrada. A natureza pode ser “gratuita”, mas sua manutenção custa bem caro. Muito caro, pois sempre há pressão econômica para usar a terra de uma forma mais “produtiva”. Viajo com regularidade para a Argentina e o Chile, que possuem parques de excelente qualidade e bastante lucrativos, com estrutura terceirizada e visitação internacional. Acho que podíamos aprender muito com nossos vizinhos.

A subida e descida do Pico Paraná foi sem incidentes, mas, como sempre acontece em roteiros de trekking bem escolhidos – uma experiência de vida. Cada lugar visitado na vida deixa uma marca na gente. Lugares de beleza singular e natureza preservada deixam cicatrizes fundas na alma. Nos fazem lembrar de um passado remoto, genético, ancestral, em que caminhávamos livres no mundo selvagem, quando éramos selvagens e bem menos violentos. Quando estávamos em maior harmonia com o mundo à nossa volta. A violência é um ato de selvageria sem razão, sem propósito, inconsequente, e isso não acontece na natureza.

Do topo do Pico Paraná vi dois oceanos… O Atlântico, com a baía de Paranaguá e as montanhas próximas à Ilha do Cardoso; mas vi também um mar verde que se estendia para todos os lados, unidondo o PP (como o Pico Paraná é conhecido pelos montanhistas locais), ao Marumbi, ao Parque Nacional do Superagüí, ao Parque Estadual da Ilha do Cardoso e a outras unidades de conservação da região. Verde até onde a vista alcança. E ela vai longe lá em cima!

Quando pedalei de Morretes a Iguape, mapeando o roteiro publicado como Cicloviagem 3 no Guia de Trilhas enCICLOpédia 3, também de minha autoria, fiquei maravilhado com a quantidade de selva na zona litorânea da região. Devo ter visto o Pico Paraná da Ilha do Mel, ou da Ilha das Peças, da Ilha do Superagüí, da Ilha do Cardoso ou até da Ilha Comprida – lugares por onde pedalei. Pena que não atinei para isso então.

Voltei de ônibus para casa com dois roteiros mapeados, livro terminado, faltando agora só diagramar, imprimir e distribuir… Na verdade “dividir” minha experiência com todos vocês.

4 respostas para “CURITIBA”

  1. Anonymous disse:

    Olá, muito legal o blog. Parabéns.
    Gostaria de esclarecer uma questão sobre a cobrança na fazenda Pico Paraná.
    Quem faz manutenção da trilha são os montanhistas, clubes e associações. O Dilson não faz mais do que limprar o próprio terreno. Nós estamos indignados com essa cobrança já que trabalhamos muito duro para manter a trilha limpa e sem erosão.
    Os incêndios na região também são um capítulo a parte, já que quem combate efetivamente o fogo nas montanhas são os montanhistas voluntários. E só conseguimos trabalhar melhor do que os bombeiros nessa questão porque freqüentamos a montanha, treinamos, planejamos e executamos ações de prevenção. E nesse quesito o Dilson só atrapalha, já que temos que gastar um dinheiro com ele que poderíamos investir em equipamentos de proteção.
    Lineu Filho

    http://www.lineufilho.com.br

  2. OBRIGADO PELO COMENTÁRIO, LINEU!
    COINCIDENTEMENTE DEI HOJE UMA ENTREVISTA À RÁDIO ELDORADO FM, AQUI EM SÃO PAULO, ONDE FALEI DO GUIA DE TRILHAS TREKKING VOLUME 2, QUE TEM O MAPEAMENTO DO PICO PARANÁ. COMENTEI COM A PAULINA CHAMORRO, JORNALISTA E APRESENTADORA DO PROGRAMA TERRITÓRIO AVENTURA, SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA DE MONTANHISMO PARANAENSE. DISSE A ELA QUE VOCÊS TÊM HISTÓRIA, TRADIÇÃO E MUITA ORGANIZAÇÃO. SEU COMENTÁRIO SÓ REFORÇA TUDO O QUE EU DISSE. MAIS UMA VEZ OBRIGADO!
    COM RELAÇÃO AO DILSON E À COBRANÇA DE INGRESSO NA PROPRIEDADE DELE, ACHO QUE NÃO PODEMOS NOS ESQUECER DE DOIS PONTOS IMPORTANTES… PRIMEIRO, A PROPRIEDADE É DELE E ELE TEM TODO O DIREITO DE COBRAR INGRESSO. SEGUNDO, ACHEI BASTANTE JUSTO TER PAGO INGRESSO, NO MÍNIMO O CARRO QUE USEI PARA CHEGAR LÁ FICOU SEGURO DURANTE TODO O TEMPO QUE PERMANECI NA MONTANHA.
    EU PODERIA TE DAR UMA DÚZIA DE EXEMPLOS DE OUTRAS TERRAS PÚBLICAS, VÁRIOS PARQUES INCLUSIVE, ONDE O ACESSO SE DÁ POR TERRAS PRIVADAS E ONDE NÃO SE COBRA INGRESSO E ONDE A SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA E ABANDONO SÃO INFINITAMENTE PIORES DO QUE NO PICO PARANÁ.

  3. Anonymous disse:

    Veja só , eu não sou contra a cobrança do estacionamento,a área é particular, e realmente ele tem direito. O que contesto é o fato de cobrar ingresso de quem passa a pé, já que não estamos indo na fazenda dele e sim queremos acessar uma unidade de conservação pública, que tem a passagem obstruída pela propriedade.
    Agora que o ministério público e a promotoria do meio ambiente foram provocados, a antiga servidão deverá ser devolvida ao uso público.
    Cobrar pelo acesso nos parques públicos é uma prerrogativa do poder público. E nas montanhas do paraná nós não vamos admitir que tal prática seja consolidada por particulares e sem outorga do estado.
    Aqui temos tradição no trabalho voluntário. Veja o Marumbi por exemplo,é o único local que conheço onde tem um Camping grátis e com chuveiro quente e onde existe um grupo de resgate em montanha onde todos trabalham como voluntários.
    Abraço e saúde
    Virei leitor do blog.
    Lineu Filho
    http://www.lineufilho.com.br

  4. OBRIGADO POR MAIS ESSE COMENTÁRIO LINEU!
    ESTOU DO SEU LADO, SE A LUTA FOR JUSTA E LEGAL. ARBITRARIEDADES E AUTORITARISMOS, SEJA VINDOS DO PODER LEGÍTIMO OU NÃO, SERÃO SERMPRE ALVOS CONTRA OS QUAIS LUTO E LUTAREI.
    QUE BOM QUE VOCÊ GOSTOU E AGORA É LEITOR DO BLOG… FICO ESPERANDO OUTROS COMENTÁRIOS TEUS.
    ABRAÇO,
    GUILHERME CAVALLARI

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