Boa parte do meu trabalho acontece em campo, pesquisando, descobrindo e mapeando roteiros para serem publicados nos livros da coleção Guia de Trilhas. Além disso, treino regularmente em trilhas. Meu hobby é fazer trilha, seja de mountain bike ou em trekking. Ou seja, estou constantemente em atividade de contato com a natureza, sempre com equipamento apropriado.
Muita gente me pergunta que equipo eu uso. Curiosidade natural. Em atividades de aventura bom equipamento é sinônimo de segurança, conforto e qualidade de vida. Mostro aqui itens que usei, testei, aprovei e recomendo em campo…
Categoria: Bota leve para trekking
Marca: Timberland
Modelo: Candion Mid GTX XCR (masculina e feminina)
Peso: aproximadamente 1 kg no par em tamanho 43 masculino
Link para resenha do livro no blog: http://clubedaaventurakalapalo.blogspot.com/2010/04/resenha-livro-manual-de-trekking.html
A Cadion Mid GTX XCRse encaixa perfeitamente na classificação de “bota leve de trekking”, a começar por seu peso pena. Mas sua principal característica é ser parecida com um tênis de corrida “de cano médio”. Isso é o que define uma bota leve de trekking. Esse modelo é leve, muito confortável, nada robusto, flexível, não precisa ser amaciado antes de enfrentar a trilha, impermeável, respirável e atlético.
Histórico: Usei essas botas por dois anos ininterruptos e fiz com ela todos os roteiros de Guia de Trilhas Trekking Vol. 2 (http://clubedaaventurakalapalo.blogspot.com/2010/03/resenha-livro-guia-de-trilhas-trekking.html) e todo o mapeamento das trilhas para o Guia de Trilhas Carretera Austral (lançamento previsto para setembro de 2010). Isso quer dizer que caminhei na Patagônia, na Terra do Fogo, na Ilhabela, fiz Marins-Itaguaré, Pico Paraná e Marumbi com esse calçado.
Esse tipo de calçado, super leve, não oferece muita proteção contra impactos. Algumas vezes topei com raízes ou pedras na trilha e machuquei os pés, mas a maior parte do tempo eu caminhava consciente de que meus pés não estavam envolvidos por uma “armadura protetora”, como acontece com botas pesadas de trekking, sem maiores problemas. Essas botas, super finas, também não são térmicas contra o frio, não esquentam os pés como botas médias ou pesadas de trekking. Elas não foram desenhadas para isso. Senti frio nos pés na Patagônia e na Terra do Fogo. A estrutura enxuta das botas também não oferecem suporte excessivo aos pés quando carregamos carga pesada, como acontece comigo em roteiros de trekking mais longos, quando minha mochila já chegou a pesar 30 quilos. Mas, novamente, o modelo não foi projetado com essas finalidades.
Dica:Arejar os calçados em campo é muito importante para manter a saúde dos pés e preservar o equipamento. Depois de muita chuva ou depois de molhar as botas na travessia de um rio, por exemplo, deixar os calçados ao sol no dia seguinte (se possível) ajuda muito. À noite deixe suas botas na varanda da barraca, protegido pela coberta, mas tire as palmilhas e afrouxe os cadarços. Quando mais ar circular durante a noite dentro das botas, melhor. De manhã, se o clima permitir, deixe para calçar as botas por último. Faça o café da manhã, desmonte o acampamento e, no final, calce as botas. Isso é bom para o calçado e para os pés.
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