MAPEAMENTO CARRETERA AUSTRAL 12

18 de dezembro de 2009

Coyhaique, Chile

18 de dezembro de 2009 / 20° dia de viagem / 6.510 km rodados
De Futaleufú até aqui foi muita estrada e pouca atividade outra que dirigir. Visitamos o Parque Nacional Queulat e vimos o famoso Vestiquero Colgante, ou “geleira pendurada” em bom português. É impressionante. Meio inacreditável tanto gelo assim na beirada da montanha, á no alto, prestes desabar de uma vez só e fica só pingando… Uma catarata! Mas o parque é muito bem estruturado, como aliás todos os parques chilenos, com baias de acampamento onde o carro fica ao lado da barraca, que fica ao lado de um coberto com churrasqueira e mesa com bancos, ao lado de uma torneira. Tudo protegido por vegetação, de forma que uma baia não ve a outra. O banheiro simples, pequeno, limpo com o luxo de água quente. Quem precisa de mais?
Passamos por Puerto Puyhuapi, onde havia um bilhete no escritório de turismo dizendo, em inglês indígena e bom castelhano (e agora traduzido): “Hoje é meu dia livre, nos vemos amanhã”. Sem assinatura, então nem sei se era homem ou mulher a pessoa que teria as informações para nos dar.
Visitamos Puerto Cisnes debaixo de muita chuva, fina e patagônia (quer dizer, gelada), onde comemos dentro do carro em frente à porta de uma padaria um bolho folheado que deixou a Land Rover mais suja que pista de dança na quarta-feira de cinzas.
Atravessamos Puerto Aysén, comercial, agitada, ativa e nada atrativa. O Rio Aysén que corta a cidade e é coroado por uma bela ponte pencil laranja novinha em folha (ou recém pintada) era largo, lento, volumoso e me lembrou um gorda e preguiçosa jibóia.
Batemos no fim da linha em Puerto Chacabuco com seu peculiar cheiro de farinha de peixe. Lá há um monumental hotel cinco estrelas de onde partem viagens ás geleiras e icebergs do Parque Nacional Laguna San Rafael. Mas esse é turismo em dólar ou euro, não é para o bico de quem ganha em real.
Coyhaique, onde passaremos o dia resolvendo detalhes dos próximos dois roteiros de trekking (Reserva Nacional Río Simpson e Reserva Nacional Cerro Castillo). O livro que usamos de guia, o TREKKING IN THE PATAGONIAN ANDES, da Lonely Planet, foi escrito e publicado em 92 e muita coisa mudou. Mas teoricamente serão dois trekking de quatro dias cada.

Estamos hospedados nas Cabañas Mirante com uma vista sensacional da Reserva Nacional Coyhaique e de montanhas nevadas a oeste, próximas da região do Rio Simpson… Dormimos como anjos e comemos como ogros no café da manhã… A vista de nossa mesa era um híbrido de paraíso selvagem… Feliz combinação.

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